Viva Santa Clara de Assis, nossa patrona!

No dia 11 de agosto celebramos a memória da nossa amada patrona Santa Clara de Assis. Ela é um exemplo de e da força da mulher na vida da Igreja, além de ser modelo de humildade e abnegação.

Vamos conhecê-la melhor?!

A infância

Santa Clara nasceu numa família nobre e rica, no dia 16 de julho de 1193, na cidade de Assis. Ele teve dois irmãos e duas irmãs. 

Quando Clara tinha cerca de doze anos, sua família mudou-se para Corozano e depois para Perugia, refugiando-se de uma revolução.

Clara era muito admirada pela sua beleza, e desde criança destacava-se também pela caridade. Era também muito religiosa e contemplativa. 

Um encontro que transformou sua vida

 Santa Clara tinha amor pelos pobres e se dedicava à prática da caridade como podia. Em seu coração tinha um intenso desejo de servir a Deus. Até que ela se deparou com São Francisco de Assis, um jovem que vivia a pobreza evangélica na sua radicalidade.

Esse encontrou deixou nela uma certeza: queria viver da mesma maneira que ele, e então tomou a decisão de segui-lo. Mas não foi tão fácil, ela precisou enfrentar sua família que desejava a ela um futuro promissor com um casamento rico já arranjado. 

A vida ofertada a Deus 

Todos os bens que possuía, inclusive seu dote, Santa Clara doou aos pobres. E aos 18 anos, fugiu da sua família, em um Domingo de Ramos de 1211. Foi para a capela de Porciúncula, onde foi recebida por São Francisco de Assis e os freis da Ordem por ele fundada.

Ali, São Francisco entregou a Clara o hábito penitencial e cortou os seus longos e belos cabelos, como um voto de pobreza e como confirmação da sua união com Jesus Cristo. A partir daquele momento ela tornou-se virgem esposa de Cristo, humilde e pobre como Ele.

 Ela segue, então, para o mosteiro das Beneditinas de Sant’Angelo di Ponzo. Tempos depois, Santa Clara recebeu ali sua irmã mais nova, Catarina, que também entrou para a vida monástica, assim como sua irmã Beatriz e mais tarde sua mãe, assim que ficou viúva. 

Uma santa amizade

No início de sua vida religiosa, Santa Clara viu em Francisco não apenas um mestre que lhe ajudava a crescer na espiritualidade, como também encontrou nele um grande amigo.

Os dois nutriam em seus corações o mesmo amor por Deus e um incentiva o outro a percorrer o caminho da santidade.

E foi a pedido de São Francisco que Santa Clara deixou o seu maior legado para a igreja: a Ordem das Clarissas, fundada em 1212, no Convento de São Damião. As religiosas viviam em clausura, na contemplação e na pobreza evangélica.

 Os milagres de Santa Clara

Mesmo em vida, Santa Clara alcançou de Deus grandes milagres. Certa vez, as religiosas não tinham o que comer. A Irmã que cuidava da cozinha chegou em Santa Clara lhe dizendo que havia somente um pão na cozinha para alimentar as mais de 50 religiosas.

Santa Clara, confiante na Divina Providência, falou-lhe: “Confie em Deus e divida o pão em 50 pedaços”. A Irmã cozinheira obedeceu e conforme ela repartia o pão ele se multiplicava. Assim as Irmãs tiveram pão não apenas para aquela refeição, mas para vários dias.

Em outro tempo, os sarracenos (muçulmanos) dominaram a cidade de Assis e tentaram invadir o convento. Clara já estava doente nessa época, e chorando pegou o ostensório com o Santíssimo Sacramento e rezou: “Senhor, guardai Vós estas vossas servas, porque eu não as posso guardar”. Ela ouve, então, uma voz lhe dizendo: “Eu te defenderei para sempre”.

Imediatamente ela se dirigiu ao portão do convento e enfrentou os muçulmanos bradando que Jesus Cristo era mais forte do que eles. Tomados por um medo inexplicável, eles fugiram. E é por isso que Santa Clara é representada com um Ostensório na mão.

E o outro grande milagre aconteceu depois da morte de São Francisco. Clara estava muito doente, acamada, e desejava muito ir a uma Santa Missa na Igreja de São Francisco, o que não foi possível. Ela, então, se entregou a uma profunda oração e Deus lhe deu a graça de assistir espiritualmente a toda a celebração, de onde estava, no seu leito.

O fato foi comprovado pelos relatos que ela fez, contando os detalhes da celebração e citando partes da homilia. 

A morada eterna

No dia 11 de agosto de 1253 Santa Clara partiu deste mundo para junto de Deus, deixando um ensinamento de amor e humildade.

 Santa Clara foi a primeira mulher da história da Igreja que compôs uma Regra escrita, que foi aprovada pela Igreja para que o carisma de Francisco de Assis se conservasse em todas as comunidades femininas que surgiram e que desejavam seguir o exemplo de Francisco e Clara.

 A Ordem das Clarissas se estendeu rapidamente por toda a Europa e depois pelo resto do mundo até os tempos atuais.

Santa Clara de Assis, rogai por nós!