Santo Inácio de Loyola, um companheiro de Jesus

Inácio nasceu em uma família cristã, nobre, em 1491. Era o caçula de 13 irmãos. Viviam no Castelo de Loyola, em Azpeitia, região ao norte da Espanha.

Aos 15 anos, tornou-se cavaleiro do exército e se dedicou com empenho às suas funções. Em sua autobiografia, ele escreveu que até os seus 26 anos de idade, “tinha sido um homem entregue às vaidades do mundo”.

Contudo, sua história mudou completamente.

Um cavaleiro para Cristo

Com a invasão dos franceses à Pamplona (capital de Navarra), o exército da Espanha partiu para a defesa. Nesta batalha, em 20 de maio de 1521, Inácio foi gravemente ferido. Uma bala de canhão partiu sua perna direita e deixou lesões na esquerda.

Eis que começa a transformação na vida desse cavaleiro! Para cuidar dos seus ferimentos, ele voltou para o Castelo de Loyola, para ficar junto de sua família.

Para passar o tempo, ele resolveu dedicar-se à leitura. Porém, como não havia ali nenhum livro sobre Cavalaria, que eram os seus preferidos, Inácio começou a ler uma obra escrita por Ludolfo da Saxônia, sobre a Vida de Cristo. E quando terminou este, passou à uma coletânea sobre a Vida dos Santos.

Essa leitura abriu seu coração e seus olhos sobre as ambições mundanas, o fez perceber que todo prazer que já tinha vivido era passageiro. Descobriu que Jesus Cristo preenchia o seu coração de alegrias duradouras. E ao pensar com mais detalhamento e seriedade sobre a sua vida, constatou o quanto deveria penitenciar-se por seus pecados. O desejo de mudança de vida consumia seu coração!

Inácio decidiu que a partir de então seria um cavaleiro de Cristo. Partiu para Jerusalém e ao sair de Loyola peregrinou até Montserrat. Doou suas roupas de fidalgo a um pobre e passou a usar roupas simples. Deixou sua espada no altar da Igreja de Nossa Senhora de Montserrat.

Antes de chegar a Jerusalém, em Manresa, Inácio abrigou-se em uma caverna, onde passou a viver como eremita e mendigo. Seu objetivo era ter tranquilidade para fazer anotações em um caderno que, mais tarde, se transformou no livro dos Exercícios Espirituais (EE), considerado até hoje um de seus mais importantes legados. Depois disso, retomou o caminho para Jerusalém, onde viveu por um tempo.

A fundação da Companhia de Jesus

Quando retornou à Europa, Inácio passou a sofrer perseguições e incompreensões. Ele percebeu que deveria estudar filosofia e teologia para ter mais conhecimentos.

Instalou-se na França onde começou a reunir um grupo de amigos que ele chamou de companheiros ou amigos do Senhor, o primeiro esboço do que se tornou a Companhia de Jesus.

Em 1534, na capela de Montmartre, em Paris, Inácio e 6 companheiros fizeram votos de dedicarem-se ao bem dos homens, imitando Cristo na pobreza, na castidade e no serviço.

A Companhia de Jesus, também conhecida como Padres Jesuítas, foi aprovada oficialmente pelo Papa Paulo III, em 27 de setembro de 1540.

No ano seguinte, Inácio foi eleito o primeiro Superior Geral da Ordem. Ele passou a se dedicar à preparação dos Jesuítas para enviá-los ao mundo todo, servindo à Igreja.

Em 31 de julho de 1556, muito debilitado, Inácio faleceu. Em março de 1622, ele foi canonizado pelo Papa Gregório XV.

 

Santo Inácio de Loyola, rogai por nós!