Santa Teresinha do Menino Jesus: vamos aprender com ela sobre vocação

Santa Teresinha do Menino Jesus foi uma jovem cujo coração despertou cedo para a vocação religiosa.

 Aos 15 anos, ela decidiu que queria viver reclusa num convento, e com a autorização do Papa Leão XIII ela foi aceita no Mosteiro das Carmelitas, também conhecido como Carmelo de Lisieux. Ela desejava para si a vida contemplativa.

 Na clausura do Carmelo, Teresinha rezava por toda a Igreja, por isso é considerada a padroeira das Missões, porque foi missionária pelo desejo, pela oração e pelo sacrifício. Santa Teresinha nos deixou um grande exemplo de entrega à vida de oração e de que quando somos perseverantes conseguimos grandes coisas.

 Ela teve a compreensão de que a sua vocação dentro da Igreja é o amor. “No coração da Igreja eu serei o amor”, escreveu ela em suas anotações. Mais do que isso, ela sabia que cada ser humano foi feito para amar: “amar a Deus sobre todas as coisas”, “amar ao próximo como a si mesmo” (cf. Mt 22,37-39).

 

 Uma família santa

 Santa Teresinha nasceu em Alençon, na França, no dia 2 de janeiro de 1873. Sua família tinha ótimas condições financeiras e era muito temente a Deus.

Seus pais, Luís e Zélia, também são santos reconhecidos pela Igreja a pouco tempo. Luís e Zélia tiveram 9 filhos, mas 4 faleceram precocemente, ainda bebês. E as outras 5 filhas, todas se tornaram freiras, entre elas, Teresinha, que era a caçula.

Quando Teresinha tinha apenas quatros anos, ela perdeu sua mãe, que faleceu devido a um câncer. Ano após ano, a menina viu suas irmãs irem para o convento, o que para ela foi motivo de sofrimento, principalmente quando precisou desapegar-se de Paulina, a quem Teresinha tinha como sua mãe.

 

Uma vida santa e breve

 Ao entrar no Carmelo, pouco a pouco Teresinha foi trilhando um caminho de santidade. Ela costumava meditar a vida dos santos, e se encantava com as virtudes e as penitências a que eles se submetiam.

Mas, comparando-se com eles, sentia-se um nada, como um pequeno grão de areia, diante de Deus. Porém, isso serviu para que a jovem de Lisieux desejasse se aproximar ainda mais de Deus, justamente para alcançar a santidade, o que ela buscou com todas as suas forças.

Ela escreveu: “O que em minha alma agrada ao bom Deus é ver o amor que tenho à minha pequenez e à minha pobreza, é a minha esperança cega em sua misericórdia”. E, então, reconhecendo sua fraqueza, pedia a Jesus que a carregasse em Seus braços em direção ao “cume da perfeição”.

Com sua vida, Santa Teresinha nos mostra que a perfeição é alcançada no amor. Tudo, desde as mais pequenas coisas, deve ser feito com amor. Ela também escreveu: “Sigamos o caminho da simplicidade. Entreguemo-nos com todo o nosso ser ao amor. Em tudo busquemos fazer a vontade de Deus. O zelo pela salvação das pessoas devore nosso coração”.

A jovem tinha a saúde frágil e por fim a tuberculose a deixou completamente sem forças. Teresinha partiu para seu encontro definitivo com Deus com apenas 24 anos de idade, dizendo: “não estou morrendo, estou voltando à vida” e “Oh Amo-O. Deus meu… amo-Vos!”.

Perto de sua morte, ela disse para uma das monjas: “Lá do Céu, farei chover uma chuva de rosas!”. Com isso ela queria dizer que pediria a Jesus que atendesse aos pedidos que seus amigos fizessem aqui na terra. E desde que partiu para a eternidade, de fato são incontáveis os relatos de graças que pessoas, em todo o mundo, alcançaram por intercessão da jovem Teresinha.

O grande legado de Santa Teresinha para nós

Santa Teresinha dizia: “Quero procurar o meio de ir para o Céu por uma pequena via, bem direta, bem curta, um pequeno caminho todo novo”.  E ela encontrou!

E é justamente esse o seu legado para nós! Santa Teresinha deixou para nós o conceito da pequena via da Infância Espiritual para se alcançar o Céu. Nesta pequena via só é possível percorrer com confiança.

De acordo com Teresinha, por meio dela, nos colocamos diante de Deus como crianças, indefesas, reconhecendo nossas fraquezas. E com este gesto de humildade, conseguimos atrair o olhar de Deus e alcançamos a sua bondade e misericórdia.

Ela dizia que na via da infância espiritual, se aprende a “permanecer pequeno diante de Deus, reconhecendo o seu nada, esperando tudo do bom Deus, como uma criancinha espera tudo de seu pai”.

Teresinha foi canonizada em 1925 e o Papa João Paulo II a proclamou doutora da Igreja, em 1997. 

Que o testemunho de vida e de fé de Santa Teresinha nos impulsione a viver a vocação do amor na vida da igreja, na vida dos irmãos e em nossa própria vida.

 

Santa Teresinha, rogai por nós.