Santa Maria Madalena e a importância da conversão

 

No dia 22 de julho celebramos a memória litúrgica de uma grande mulher da Bíblia: Santa Maria Madalena. Neste artigo conheceremos mais sobre a vida dessa santa e a transformação que Jesus operou em seu coração. 

 

Conversão significa viver uma “metanoia”, essa palavra vem do grego metanoein e significa uma verdadeira mudança de pensamento, de mentalidade. E essa foi a transformação que Madalena viveu. Logo no início deste texto já podemos tirar uma lição: depois de conhecer Jesus, nós não permanecemos mais os mesmos. 

 

Maria era natural de Mágdala. Na Bíblia vemos o relatado que dela saíram sete demônios: “Os doze estavam com ele, e também mulheres que tinham sido curadas de espíritos maus e de doenças. Maria, dita de Mágdala, da qual haviam saído sete demônios…” (Lc 8,1-2).

 

Assim já somos capazes de notar o quanto Madalena estava afastada de Deus, pois ela não carregava apenas pecados, mas sete demônios em sua alma. Com certeza, a vida daquela mulher não foi fácil.

 

Acontece que, o coração humano é um coração sedento. Mas não sedento por coisas superficiais que não nos preenche, o nosso coração tem sede de Deus e somente por Ele pode ser totalmente preenchido. No entanto, corremos o risco de perder muito tempo sem perceber isso.

 

Não à toa, o escrito mais famoso de Santo Agostinho, grande santo e Doutor da Igreja, é o famoso “tarde te amei”: “Tarde te amei, ó beleza tão antiga e tão nova, tarde demais eu te amei Eis que habitavas dentro de mim e eu te procurava do lado de fora”.

 

De fato, Madalena há muito tempo devia estar procurando por Deus, mas nos lugares errados. Só que, depois que ela realmente o encontrou, ela nunca mais o deixou, e isso é o mais importante: a verdadeira conversão.

 

Depois desse encontro, Madalena passou a seguir Jesus e seus ensinamentos fielmente. Mesmo durante a Dolorosa Paixão de Cristo ela permaneceu junto de Nossa Senhora, Maria de Cleófas e João, enquanto todos os outros discípulos fugiam. 

 

Seu amor era tanto que mesmo após a morte do Senhor seu coração parecia procurá-Lo, tanto que foi ela , como relatado no Evangelho segundo São João, que viu o sepulcro vazio por primeiro e por consequência, foi a primeira anunciadora da Ressurreição.

Muitos católicos frequentam a Igreja e vivem a vida comunitária sem essa verdadeira conversão. A questão não gira em torno de “sermos perfeitos” ou não, mas na humildade de reconhecer o quanto ainda precisamos ser moldados por Deus.

 

Madalena tinha essa consciência, ela sabia de todo o mal que ela poderia cometer longe de Jesus, por isso, ela nunca o abandonou. Precisamos ter esse mesmo reconhecimento, entendendo que sem Jesus não somos nada. 

 

Podemos até não ter cometidos pecados extremamente graves, podemos até não ter chegado ao fundo do poço, como Madalena estava enquanto ainda era possuída por sete demônios, mas sem o reconhecimento de que tudo isso provém da graça de Deus e do seu Amor, não de nossos méritos, nunca viveremos uma verdadeira conversão.

 

Que através do exemplo de Maria Madalena e por sua intercessão o Senhor derrame sobre nós a graça da virtude da humildade, que é o primeiro passo para a transformação do nosso coração!

 

Santa Maria Madalena, rogai por nós!