Assunção de Nossa Senhora

Celebramos hoje a Solenidade da Assunção de Nossa Senhora aos Céus. Logo após sua morte, a Virgem Maria foi elevada ao céu de corpo e alma pelos Arcanjos São Miguel e São Gabriel. Esta é uma verdade de fé, um dogma proclamado pela Igreja.

Este dogma foi proclamado, solenemente, pelo Papa Pio XII, no dia 1º de novembro de 1950, por meio da Constituição Apostólica Munificentissimus Deus. Neste documento, ele explica: “Por um privilégio inteiramente singular ela venceu o pecado com a sua concepção imaculada; e por esse motivo não foi sujeita à lei de permanecer na corrupção do sepulcro, nem teve de esperar a redenção do corpo até ao fim dos tempos”.

Por isso, proclamou: “(…) com a autoridade de nosso Senhor Jesus Cristo, dos bem-aventurados apóstolos São Pedro e São Paulo e com a nossa, pronunciamos, declaramos e definimos ser dogma divinamente revelado que: a imaculada Mãe de Deus, a sempre virgem Maria, terminado o curso da vida terrestre, foi assunta em corpo e alma à glória celestial”.

Apenas Maria e Jesus encontram-se no Céu em corpo e alma. Os outros que já estão no Céu estão apenas em alma, pois a ressurreição dos corpos se dará na segunda vinda de Jesus.

 Contudo, Jesus teve sua ascensão ao Céu por sua virtude divina, é o Filho de Deus feito homem, já Maria foi assunta ao Céu pela graça divina. Ela foi a Mãe do Filho de Deus, portanto também se comprometeu com o plano de salvação da humanidade. Sendo assim, Deus lhe concedeu a maior glória possível: a sua assunção.

 

A solenidade da Assunção de Maria

A data da solenidade ficou definida como 15 de agosto. Porém, no Brasil, a Igreja transfere para o domingo seguinte, para que mais fiéis possam participar da festividade e honrar a Virgem Maria.

O Papa Adriano I, escrevendo ao Imperador Carlos Magno, diz: “É digna de veneração a festividade deste dia, em que a santa Mãe de Deus sofreu a morte temporal; mas não poderia ficar presa com as algemas da morte aquela que gerou no seu seio o Verbo de Deus encarnado” (Sacramentário Gregoriano).

Ao longo dos anos, a Igreja foi tornando cada vez mais solene esta celebração, de maneira que os fiéis passaram a compreender mais e melhor a importância do mistério da assunção de Maria. “E assim, a festa da Assunção, que ao princípio tinha o mesmo grau de solenidade que as restantes festas marianas, foi elevada ao rito das festas mais solenes do ciclo litúrgico”, diz Pio XI (Munificentissimus Deus).

 

Por que Maria foi assunta ao Céu?

No ano 749, portanto muito antes da proclamação do dogma da Assunção de Maria ao Céu, São João de Damasco escreveu: “Era necessário que aquela que, no parto, havia conservado ilesa sua virgindade, conservasse também sem corrupção alguma seu corpo depois da morte”.

O Santo ainda define: “Era preciso que aquela que havia trazido no seio o Criador feito menino habitasse nos tabernáculos divinos. Era necessário que aquela que tinha visto o Filho sobre a cruz, recebendo no coração aquela espada das dores das quais fora imune ao dá-Lo à luz, o contemplasse sentado à direita do Pai. Era necessário que a Mãe de Deus possuísse aquilo que pertence ao Filho e fosse honrada por todas as criaturas como Mãe de Deus”.

Além disso, Maria não esteve sujeita ao pecado, é imaculada, e a carne de Maria e de Jesus são a mesma. Sendo assim, ela deveria ter a mesma glória que teve Jesus.

Logo, como diz o Prefácio da Solenidade da Assunção de Maria, Ela é consolo e esperança de todos nós que ainda peregrinamos nesta terra.

Portanto, a Solenidade da Assunção de Maria nos convida a refletir sobre o sentido de nossa vida e como devemos conduzi-la neste mundo para que sejamos merecedores de estar um dia na glória de Deus.  

 

Nossa Senhora da Assunção, rogai por nós!