Silêncio não é falta: A importância do silêncio na construção da vida interior
“Quando orares, entra no teu quarto, fecha a porta e ora ao teu Pai em segredo; e teu Pai, que vê o que se passa em segredo, te recompensará” (Mt 6,6)
Quando estamos construindo a nossa relação com Deus, muitas vezes nos deparamos com o silêncio na oração. Por viver num mundo barulhento, com informações chegando a todo momento, acabamos criando uma certa preocupação nesse silêncio. Por vezes, criamos o ideal de que precisamos falar aos ventos, gritar e escancarar nosso amor e nosso apreço à Deus.
Esse mundo do barulho e do caos acaba nos fazendo acreditar que tem algo errado no silêncio e na calmaria, que algo está faltando… e não, o silêncio não é falta! Quando silenciamos nossos corações, estamos nos colocando na presença do Sagrado, que é paz.
Quando sentimos paz em nós, estamos experienciando o amor puro de nosso Pai, que é o oposto do caos. Estamos viciados no barulho. Escolher silenciar é escolher se colocar na presença Daquele que age na simplicidade, na humildade.
Outro ponto positivo do silêncio é trabalhar em nós a habilidade da escuta. Escutar significa estar à disposição do outro, do próximo, abrindo mão de nossas vontades e opiniões.
“Antes de tudo, as ovelhas escutam a voz do pastor. A iniciativa vem sempre do Senhor; tudo parte da sua graça: é Ele quem nos chama à comunhão com Ele. Mas esta comunhão se realiza se nos abrirmos à escuta. Escutar significa disponibilidade, docilidade, tempo dedicado ao diálogo” – Papa Francisco
Portanto, o Senhor hoje nos convida a dar um novo significado ao silêncio, e entender o quanto ele é importante na construção de nossa vida interior, e de nossa espiritualidade.
Pelo silêncio e pela calmaria, Deus nos ama! Assim como um Pai ouvindo sobre o dia de teu filho, o consolando e o acolhendo. Sabemos que Deus está conosco, todos os segundos. Quando há silêncio, há Deus nos amando na calmaria.
Pai, nos conceda mais momentos juntos de ti, experienciando a paz do Teu silêncio.