Dia Internacional da Caridade e memória de Santa Teresa de Calcutá

O dia 5 de outubro reúne duas comemorações: no calendário civil, é o Dia Internacional da Caridade; já no calendário da Igreja Católica, celebra-se a memória de Santa Teresa de Calcutá.

Mas você sabia que estas comemorações acontecem juntas não por acaso? Vamos saber o porquê! 

 

Dia Internacional da Caridade

Esta data foi instituída pela ONU (Organização das Nações Unidas) em dezembro de 2012, e foi comemorada pela primeira vez em 2013. Ela foi criada com a intenção de reconhecer o papel fundamental das instituições, dos governos e das pessoas que praticam a caridade para aliviar o sofrimento humano. Seja ofertando o seu tempo, o seu conhecimento ou dinheiro a quem precisa.

Além disso, o Dia Internacional da Caridade serve para chamar a atenção de todas as pessoas para que pratiquem a caridade, agindo com empatia, solidariedade e compaixão diante dos que sofrem com a pobreza ou por qualquer outro motivo.

Mas, afinal, por que esta data foi escolhida? O dia 5 de setembro é o aniversário de morte de Santa Teresa de Calcutá, que dedicou toda a sua vida religiosa em função da caridade.

Santa Teresa de Calcutá, a mestra da caridade

Quando a Igreja canoniza alguém, ou seja, reconhece sua santidade de vida, determina a data de sua memória no dia do seu falecimento. Porque este é o dia em que a pessoa nasceu para uma nova vida, a vida eterna com Deus. Logo, o dia 5 de setembro, data do falecimento de Santa Teresa de Calcutá, é também o dia em que festejamos a sua memória.

Santa Teresa nasceu na Albânia, em 26 de agosto de 1910, e foi batizada com o nome de Gonxha Agnes. Desde pequena, aprendeu com seus pais a viver louvando ao Senhor por tudo e a ajudar os mais necessitados. E aos 18 anos ela decidiu que entregaria sua vida a Deus a serviço da Igreja.

Então, ela deixou sua família e entrou para o Instituto Beatíssima Virgem Maria, em Dublin (Irlanda), onde recebeu o nome de Maria Teresa. Em 1929, ela foi enviada em missão para a Índia, onde, por quase 20 anos, deu aulas num colégio católico aos jovens ricos da região.

Contudo, em 1946, Deus fez a ela um novo chamado. Jesus revelou a Madre Teresa a sua tristeza pela indiferença e o desprezo com que os pobres de Calcutá eram tratados pela sociedade indiana. Então, Ele pediu à religiosa para ser o reflexo da sua Misericórdia: “Venha, seja minha luz. Não posso caminhar sozinho”.

Madre Teresa não hesitou, deixou a congregação religiosa e fundou um Instituto chamado  Missionárias da Caridade para cuidar daqueles que a sociedade descartava de seu convívio. Passou a usar o sári indiano branco, indicando a sua nova missão entre os mais pobres de Calcutá, aqueles que, segundo ela define, “não são queridos, não são amados, não são cuidados”. E não demorou para que algumas de suas ex-alunas se unissem a ela nessa missão.

A partir do seu Instituto, Madre Teresa acolheu, cuidou, tratou e amparou os doentes e pobres. Fundou uma Casa  para receber os doentes da lepra com o nome de “Lugar da Paz” e também um orfanato para cuidar de crianças.

O Instituto de Madre Teresa foi reconhecido em 1950, pelo arcebispo de Calcutá e, em 1965, pelo Papa Paulo VI. E não demorou para que as Missionárias da Caridade se espalhassem não apenas pela Índia, mas por todas as partes do mundo, onde os pobres precisam de ajuda e, sobretudo, de amor. E sobre o seu trabalho, ela dizia: “Não é o quanto fazemos, mas quanto amor colocamos naquilo que fazemos. Não é o quanto damos, mas quanto amor colocamos em dar.”

Reconhecimento mundial

Com a rápida expansão das Missionárias da Caridade, Madre Teresa tornou-se conhecida mundialmente por seu trabalho de caridade. E quando alguém perguntou a ela o segredo do “sucesso” de seu trabalho, ela simplesmente falou: “Eu rezo”.

Em 1973, Madre Teresa de Calcutá recebeu o Prêmio Templeton, e em 1979 ela foi contemplada com o Nobel da Paz. Ela dizia: “Não usemos bombas nem armas para conquistar o mundo. Usemos o amor e a compaixão. A paz começa com um sorriso.”

Em 1985, o Secretário geral da ONU, Pérez de Cuéllar, falou sobre ela: “Apresentou-lhes a mulher mais poderosa do mundo!”. Madre Teresa foi muito amiga do Papa Paulo VI, de São João Paulo II e da princesa Diana de Gales.

Madre Teresa faleceu no dia 5 de setembro de 1997. Em seu funeral, vários representantes do mundo estiveram presentes para prestar homenagem a essa mulher tão pequena em estatura, mas tão grande na caridade e na santidade. Ela foi canonizada em 2016 pelo Papa Francisco.

Peçamos à Santa Teresa de Calcutá que nos ajude a dispor do nosso tempo, amor e serviço em benefício dos mais pobres.

Santa Teresa de Calcutá, rogai por nós!