“Tarde Te amei, oh Beleza tão antiga e tão nova… Tarde Te amei…”

Hoje, dia 28 de agosto, celebramos a vida de um importante Santo e Doutor da Igreja, Santo Agostinho! Sua caminhada e seu processo de conversão foi único e, por isso, ele tem muito a nos ensinar. 

 

Agostinho nasceu na Argélia, filho de Santa Mônica, cristã fervorosa, e Patrício, pagão e violento. Viveu grande parte de sua vida a serviço do mundo, buscando a felicidade da carne e tentando preencher seu coração com vícios e pecados, mas ainda sentia um enorme vazio em seu peito.

 

Durante a juventude, o pecado ocupou grande parte de sua vida. Em sua obra Confissões, escrita após a sua conversão, Santo Agostinho conta, sem filtros, sobre tudo o que viveu. Roubava pelo prazer de roubar, teve um filho fora do seu matrimônio, com uma amante, teve mais uma amante, deu um imenso trabalho a sua mãe, entre tantas outras situações. 

 

Chegou a se tornar professor de retórica, por ter uma profunda capacidade intelectual, e foi quando começou a frequentar os sermões de São Ambrósio, por causa de sua oratória.

 

E a partir desse encontro com São Ambrósio, Jesus conseguiu adentrar seu coração, começando assim o processo de conversão de um homem que marcou a história da Igreja Católica.  

 

Sendo assim, o que a conversão de Santo Agostinho tem a nos ensinar sobre o nosso processo vocacional? 

 

Estudando a fundo a trajetória de Agostinho, podemos perceber a premissa maior de uma busca pela santidade: nunca é tarde, pois a misericórdia de Deus nos é atemporal e incondicional. Mesmo que nossa lógica humana nos culpe e não nos considere dignos do cuidado e do perdão, o Pai nos chama para curar cada uma de nossas feridas causadas pelo pecado. 

 

Nenhuma alma é perdida para Deus. Nada pode nos separar e nos privar dos planos que o Senhor sonhou para nós. E, mesmo com todas nossas falhas, o desejo do Pai é que escolhamos por Ele todos os dias. 

 

Que Santo Agostinho possa nos servir de exemplo, e como uma lembrança: a lembrança de que nada somos, mas que, a partir do encontro verdadeiro com Cristo, somos capacitados a fazer coisas grandiosas em nome do amor. 

 

“Tarde te amei! Tarde Te amei, oh Beleza tão antiga e tão nova ! Tarde demais eu Te amei !… Eis que estavas dentro e eu, fora. E fora Te buscava e lançava-me, disforme e nada belo, ante a beleza de tudo e todos que criaste. Estavas comigo e não eu Contigo…Seguravam-me longe de Ti as coisas que não existiriam senão em Ti. Chamaste, clamaste por mim e rompeste minha surdez. Brilhaste, resplandeceste e Tua Luz afugentou minha cegueira. Exalaste Teu Perfume e respirando-o, suspirei por Ti, Te desejei. Eu Te provei,Te saboreei, e agora tenho fome e sede de Ti. Tocaste-me e agora estou ardendo em desejos por Tua Paz!” [Confissões – Santo Agostinho]

 

Santo Agostinho, rogai por nós!